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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O PERIGO DE UMA DUPLA PERSONALIDADE NA IGREJA.

DUPLA PERSONALIDADE.


Lembro-me de uma história bem comum nas Igrejas. Um filho chega para o pai e fala: "Pai vamos morar na Igreja!" O pai surpreso pergunta: "Por que?" o filho responde: "Porque aqui o Sr é tão bonzinho!" Esta história mostra algumas nuances muito preocupante:

  1. O filho reconhece um duplo comportamento do pai;
  2. Esta dupla personalidade do pai tem algumas características, a primeira o filho não gosta, talvez o pai seja indiferente ou muito irritado, a segunda amiga, atenciosa.
  3. Da mesma forma que nesta história o filho viu esta faceta outras pessoas também percebem, embora não de imediato, mas com o tempo.
  4. Quando a sociedade percebe estes dois lados- " o médico e o monstro"- começam a taxá-lo de hipócrita!

O que nos faz refletir neste texto é por que uma pessoa tem estas facetas em sua personalidade, por que assume uma dupla ou tripla personalidade: no trabalho, na família, na Igreja? 


Podemos inicialmente imaginar que a necessidade de aceitação, ou a busca de se ter uma auto-imagem condizente com o que se desejava- projeta-se uma imagem ideal diferente da real, numa forma de se enganar, de que é uma pessoa amável, perdoadora e amiga, quando na verdade não aconteceu a reforma íntima à chegar neste patamar.


Outra forma de entender seria uma patologia: "Transtorno Dissociativo de Personalidade"1 . A pessoas possui múltiplas personalidades, a origem pode estar relacionada a fatores da infância, um trauma muito severo que gerou esta fratura - abuso, violência, abandono. Esta pessoa vai buscar espaços onde possa vivenciar isto sem muito perigo de se expor. A situação é tão séria que ela não identifica que tem esta patologia- sua auto-imagem foi afetada- acredita de fato que é uma pessoa sã. Quando o caso é mais severo pode ter  amnésia da outra personalidade. 


A terceira e não menos grave é quando a pessoa tem traços de psicopatia-sádica e se transforma como forma de torturar a sua família e os outros ao seu redor. É um na Igreja (consciente) , outro em casa ( às vezes o oposto) fazendo a família ficar enferma, torturando psicologicamente os filhos e a esposa e usando a Bíblia como instrumento de manipulação e tortura. Infelizmente este último tipo conheci em alguns líderes - "excelentes pastores e pregadores"-péssimos pais e esposos! Além de possuir este transtorno, também sádicos, que sentiam prazer em ver os outros sofrendo! Lamentável e preocupante!

A Igreja e a sua liderança precisa ficar atenta, pois indivíduos como este, pode levar outros ao mesmo tipo de comportamento, caso seja detectado alguém assim, o pastor ou a liderança precisa conversar e propor aconselhamento familiar e muitas vezes apoio médico. 

O Palavra nos diz: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou  quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.



É melhor ser um cristão marcado por erros , mas com o intuito e desejo de melhorar do que um santarrão que não quer mudar!

Sei que esta palavra não é tranquila, causa inquietação, mas precisamos parar de colocar venda nos olhos e agir de forma contundente gerando transformação e vida, uma das características do Corpo de Cristo a ação terapêutica!

Um abraço

Marcelo Vale

Vídeo que aborda este problema com a psicóloga clínica portuguesa Sílvia Silva.




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